Meu filho de 6 anos fez uma observação: “Puxa pai, nunca tinha visto chover de manhã!”. Mas é claro que ele já viu. Às vezes nós agimos como crianças, porque também nos esquecemos das chuvas.
Se chove sempre, por quê nos esquecemos de preparar o “Plano B”, que garantirá a realização dos serviços a contento e sem atrasos?
Se por um lado temos que aceitar, dependendo do serviço, que nos molharemos ao longo dos meses chuvosos da região Amazônica, por outro precisamos adotar boas práticas e precauções para não nos molharmos demais da conta.
Sem preparação adequada seremos impedidos, pela chuva, de realizar serviços importantes.
Uma pessoa que se programou para ir ao trabalho de bicicleta, de manhã cedo, poderá ser prejudicada por uma chuva forte. O mesmo poderá acontecer com uma outra pessoa programada para ir de ônibus, já que ela precisará caminhar debaixo de chuva até a parada mais próxima. O fato é que, independente do meio de locomoção (carro, moto ou a pé), se quisermos evitar riscos e desgastes precisaremos estar preparados para a chuva nossa de cada dia.
O fato é que precisamos desenvolver métodos próprios, e praticá-los na hora certa, para proteger as pessoas e os equipamentos durante a chuva. Poderemos optar pelas capas de chuva, por exemplo, mas nesses casos teremos que considerar as etapas seguintes de gestão do material (EPI): colocar para secar a fim de evitar o mau cheiro e outros desconfortos – é pior pegar coceira do que chuva -.
Saber como trabalhar durante o período chuvoso é uma habilidade que precisamos desenvolver praticando, porque nós somos trabalhadores da Amazônia. Não podemos nos chatear, ou ficar contrariados porque choveu. Não podemos dizer: “a chuva estragou tudo”, ou “cheguei atrasado por causa da chuva”.
Temos que trabalhar na chuva e saber tirar proveito disso. Antes de sair para operar uma ETE, fazer um trabalho de campo, uma entrevista para um diagnóstico, um levantamento de dados do meio físico, uma reunião de negócios ou um protocolo no órgão ambiental, precisaremos considerar a componente chuva, e estar prontos para ela.
É verdade que existe uma sabedoria muito antiga que herdamos dos nossos ancestrais indígenas e dos povos tradicionais da Amazônia, algo que nos faz entender a importância, em alguns momentos, de deixar a chuva passar para depois fazer o que tivermos que fazer. E isso também é bom e produtivo.
Convidamos vocês a pensarem sobre tudo isso, a desenvolverem e compartilharem técnicas e habilidade para trabalhar durante o período chuvoso na Amazônia!